Para garantir a regularidade, as pessoas jurídicas precisam cumprir uma série de normas, padrões, políticas e regulamentações diariamente, e estar em Compliance é cada vez mais mandatório no sentido de garantir a conformidade da organização com todas as suas obrigações.

Isso porque, no Brasil, o ato de descumprir leis, por uma empresa, pode acarretar não só em prejuízos financeiros, como multas, mas também em perdas relacionadas à imagem da organização. Para evitar essas perdas, o Compliance procura adotar ferramentas que sejam capazes de otimizar os processos internos para garantir o cumprimento de todas as obrigações por uma organização.

Neste artigo, falaremos sobre duas ferramentas muito utilizadas que são: Mapeamento de Processos e Gestão de Riscos.

Mapeamento de Processos

O mapeamento de processos é uma ferramenta que permite identificar o fluxo do processo de trabalho, demonstrando como as etapas das tarefas acontecem e em qual direção elas devem seguir de acordo com o que foi planejado. Para o gestor, é importante conhecer todos os detalhes que compõem a engrenagem da sua empresa, evidenciando o que cada colaborador faz, quais as responsabilidades, a lógica sequencial da produção e o prazo de cada tarefa.

Por meio desta ferramenta é possível que tudo seja gerenciado de modo eficaz e transparente, melhorando a comunicação e evitando as falhas entre os departamentos, eliminando os gargalos operacionais, que podem prejudicar significativamente a capacidade produtiva dos negócios, evitando atrasos nos produtos finais, clientes insatisfeitos e perda de receitas.

Além disto, o mapeamento de processos traz uma padronização do produto ou serviço final, sendo possível reduzir custos e eliminar erros técnicos ou comerciais.

 Gestão de Riscos

A Gestão de Riscos, é outra ferramenta que auxilia as empresas a identificar inconsistências e falhas que podem causar qualquer tipo de ruptura nos negócios da empresa, antecipando tais riscos e prevenido a empresa com ações práticas para minimizar os impactos caso os riscos se tornem realidade. No entanto, essa ferramenta além de antever os possíveis riscos, controlar os gastos e melhorar a gestão financeira da empresa pode até mesmo evitar a falência de negócios.

E não existem negócios sem riscos, pois riscos são inerentes à atividade qualquer atividade empresarial, como por exemplo: avarias de máquinas, falhas processuais, erros causados pelos colaboradores, falhas em sistemas, e outros riscos que podem ser ocasionados pela própria empresa, pelos parceiros e até mesmo pelos fornecedores. Todos estes riscos, se não gerenciados podem resultar em perdas financeiras consideráveis.

E de nada adianta utilizar-se de diversas ferramentas e sistemas se de fato não existir um sistema de Compliance proporcional e adequado a cada tipo de  negócio, que contribua para que as políticas e normas éticas da organização sejam elaboradas e colocadas em prática, garantindo assim a idoneidade nos processos e ajudando a empresa a crescer alcançando os objetivos organizacionais.

Autor: DANILA DUARTE é CEO da DD COMPLIANCE, contadora com Certificação Profissional em Compliance (CPC-A pela LEC/FGV), Auditora Líder na ISO 37001 Gestão Antissuborno, Especialista em Auditoria e Controladoria, Especialista em Entidades do Terceiro Setor, Especialista em Segurança do Trabalho, Membra da Associação Nacional de Compliance. Autora dos Livros: Guia Prático do Consultor de Compliance e Riscos Corporativos em Gestão de Pessoas. Auditora pelo Conselho Federal de Contabilidade cadastrada no CNAI – Cadastro Nacional de Auditores Independentes. Formação em Auditoria Baseada em Riscos, Lei Geral de Proteção de Dados e Gestão de Riscos pela Escola Nacional de Administração Pública.